Às margens do caudaloso rio Nilo existiu uma civilização (há uns quatro mil anos), com notável e elevado desenvolvimento, tanto das artes como das ciências. Na multidão de sábios, que ilustraram essa antiga civilização egípcia, muitos podem ser alistados entre os maiores bruxos das matemáticas em todos os tempos. Na verdade, seus resultados parecem fracos ao lado da extraordinária complexidade das modernas matemáticas, mas os progressos que fizeram em sua ciência foram mesmo de espantar.
Dos matemáticos e astrônomos egípcios recebemos a mais remota data assinalada na história. Foi a introdução do calendário egípcio, no ano 4241 antes de Cristo. Considerai a importância desse acontecimento, pois o calendário egípcio permaneceu como o mais exato em uso, até a introdução do calendário do papa Gregório (1582), uns 5800 anos depois.
As pirâmides, durante 4.000 anos uma das maiores maravilhas do mundo, erguem-se ainda hoje, como uma homenagem à magistral habilidade daqueles primitivos engenheiros matemáticos. O erro maior que os mais precisos instrumentos foram capazes de descobrir nas dimensões dos lados da Grande Pirâmide de Gizé é de menos de 1/100 de 1%, cifra dificilmente apreciável mesmo na mais altamente desenvolvida engenharia moderna! Construções dessa espécie, bem como a invenção do nilômetro, aparelho para anunciar o começo e o fim das cheias do rio, o primoroso sistema postal egípcio (lembrai-vos de que isso era aí por 1800 antes de Cristo) e as listas censitárias, tudo só se pôde fazer graças a um alto grau de perícia na ciência do cálculo e da medida.
Mais ou menos naquele período, foi construído o mais antigo relógio-de-sol que se conhece, invenção que, mesmo em nossos dias, é muitas vezes usada para marcar o tempo. Esse relógio-de-sol encontra-se agora no Museu Britânico, ainda exato, ainda prestando serviço, maravilha do engenho humano da antiguidade.
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